Ricardo
André
As Sagradas Escrituras
relatam que, quando o Senhor Jesus Cristo ressuscitou apareceu a Seus
discípulos. Tomé, na ocasião, tocou o corpo real (glorificado de Jesus
ressuscitado (Jo 20:24-29). O Cristo ressuscitado disse que tinha corpo, carne
e ossos, e assim ascendeu ao Céu (Lc 23:36-43, 50 e 51; At 1:11). “O Cristo que
saiu da tumba era o mesmo Jesus que
vivera aqui em carne. Agora Ele possuía um corpo glorificado, mas este ainda
era um corpo real. Era tão real que os outros nem mesmo perceberam qualquer
diferença (Lc 24:13-27; Jo 20:14-18)” (Nisto Cremos: ensinos bíblicos dos
Adventistas do Sétimo Dia, CPB, p. 464).
Não obstante todo esse
testemunho da Santa Bíblia, as Testemunhas de Jeová insistem em afirmar que
Jesus ressuscitou “em espírito”, não tendo, portanto um corpo visível, e que
seu corpo não subiu ao Céu porque pessoas de carne e sangue não podem viver nos
céus. Citam 1 Co 15:50 para embasar sua crença, onde diz que “carne e sangue não podem herdar o reino
dos céus”.
Na obra “Raciocínio à base das Escrituras”, diz
a Sociedade Torre de Vigia, na p. 324: “Ao
ser ressuscitado dentre os mortos, Jesus foi produzido com um corpo
espiritual.”
O livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na
Terra, da Sociedade Torre de Vigia, faz o seguinte comentário de Atos 1:11:
“Note que [os anjos] disseram “da mesma maneira”, não no mesmo corpo.
E qual foi a maneira da partida de Jesus? Foi quieta, sem exibição pública.
Apenas seus discípulos souberam a respeito dela. O mundo não soube” (p. 145).
Sendo assim,
perguntamos as Testemunhas de Jeová: Onde está o corpo de Jesus? O que
aconteceu com o Seu corpo por ocasião de sua ascensão? O mesmo livro Poderá
Viver..., na p. 144, apresenta a seguinte resposta fantasiosa: “(...) Deus removeu o corpo de Jesus”. Já
o livro A Verdade vos Tornará Livre, na
página 298 amplia a resposta infundada e ridícula da Torre de Vigia: “(...) O corpo em que Cristo Jesus foi
visto ascender em direção ao Céu não foi o corpo pregado no madeiro. Foi corpo
que ele tinha materializado para ocasião a fim de aparecer a seus discípulos.
Quando a nuvem o ocultou da sua vista, então ele dissolveu esse corpo como tinha feito com os outros corpos que
revestiu durante os quarenta dias prévios”.
Numa outra publicação
da Torre de Vigia, do ano de 1992, chamado Estudo
Perspicaz das Escrituras, na pág. 432, ensina que após a ressurreição, Jesus se apresentou em diversos corpos.
Estes se desintegravam após cada aparição: “Jesus
Cristo é chamado de ‘o primogênito dentre os mortos’. (Col. 1:18) Ele foi o
primeiro a ser ressuscitado para a vida eterna. E sua ressurreição foi “no
espírito”, para a vida no céu. (1Pe 3:18). (...) Não obstante, durante 40 dias
após sua ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos em diferentes ocasiões,
em diferentes corpos carnais, assim como anjos tinham aparecido a homens nos
tempos antigos. Igual àqueles anjos, ele tinha o poder de constituir e de
desintegrar tais corpos carnais à vontade, com o propósito de provar
visivelmente que fora ressuscitado”.
O texto da Bíblia citado
na publicação é 1Pe 3:18 para basear a sua doutrina da ressurreição de Jesus
como uma pessoa espiritual, que afirma que Cristo foi “vivificado no Espírito”. Que absurdo tomar esta porção das
Escrituras e ensinar que Cristo foi ressuscitado como uma “pessoa espiritual”!
As Escrituras Sagradas
comumente empregam os termos “na carne” e “no espírito” para contrastar o modo
de vida carnal ou pecaminoso, com o modo de vida espiritual piedoso. Por
exemplo, em Romanos 8:8-9 nós lemos que os cristãos que têm o Espírito de Deus
andam “no espírito” em vez de “na carne”. É óbvio que Paulo não está ensinando
que os cristãos que andam “no espírito” são criaturas espirituais. Antes, Paulo
está proclamando que, por andar “no espírito”, esse está andando pelo poder do
Espírito Santo de Deus. Do mesmo modo, 1 Pedro 3:18 proclama que Jesus foi
levantando dos mortos “no [poder do] Espírito.” A Bíblia nitidamente ensina que
cada pessoa da Trindade teve parte na ressurreição de Cristo. Foi ressuscitado
pelo Pai (Atos 10:40; 13:30). Foi ressuscitado por Seu próprio poder (João
10:17,18). Romanos 8:11 nos ensina que Cristo foi ressuscitado pelo Espírito
Santo. Portanto, o apóstolo Paulo ao afirmar que Jesus foi “vivificado no
Espírito”, não quis dizer que Ele ressurgiu como uma pessoa espiritual, mas que
o Espírito Santo pelo Seu poder também O ressuscitou.
Na verdade, Jesus que
foi “vivificado no espírito”, não se tornou um espírito, mas foi “vivificado”
para o sobrenatural, reino eterno de vida espiritual. Jesus foi morto “na
carne” — isto é, no reino carnal do homem pecador (não que Ele fosse pecador,
mas que Ele viveu entre os pecadores), e Ele foi vivificado “no espírito” —
isto é, no reino eterno (espiritual), não mais amarrado à vida terrestre com
todas as suas limitações.
Ao dizer “vivificado em espírito”, o apóstolo
Pedro quis apenas referir-se a um “corpo espiritual” ou “corpo celeste” (como
já falara São Paulo em 1Cor 15,40), não a um mero espírito. A palavra “corpo”
em 1Cor 15 é a mesma de sempre “SOMA” e se refere a um corpo
carnal. É óbvio que um corpo espiritual não é um mero espírito, como pretende a
Organização das Testemunhas de Jeová, mas a um corpo carnal revestido de espiritualidade
ou transformado em corpo espiritual. Em outras palavras, é uma forma física,
embora imortal e glorificada, que possui atributos espirituais como a
capacidade de atravessar portas fechadas ou desaparecer (Lc 24,31; Jo
20,19.26). Notemos que em 1Cor 15:54 o apóstolo Paulo fala desse nosso
mesmíssimo corpo transformado ou revestido de espiritualidade. Ao falar deste
mesmo corpo, e não de outro, a heresia das Testemunhas de Jeová cai por terra.
Observemos que o corpo de Cristo após a ressurreição tinha exatamente essas
qualidades aí mencionadas, e, portanto, o corpo do Senhor não podia de jeito
algum ser um corpo material que Cristo tomara emprestado, pois tal corpo tinha
capacidades jamais pertencentes a um corpo meramente físico.
Quanto à afirmação
ridícula e fantasiosa de que o corpo de Jesus se “dissolveu” , quando a
nuvem ocultou-O da vista de Seus discípulos e que Ele se revestiu de vários
outros corpos durante os quarenta dias prévios para ser visto pelos seus
discípulos, não existe base bíblica para se crer e ensinar. É “ir além do que está escrito” (1 Coríntios
4:6). Não passa de invencionice humana. Desafiamos as Testemunhas de Jeová
a provarem com textos bíblicos que o corpo de Jesus dissolveu as transpor as
nuvens e que Ele teve vários corpos.
“O próprio Jesus negou
que fosse uma espécie de espírito ou fantasma. Falando aos Seus discípulos
disse: “Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-Me e
verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vede que eu tenho”
(Lc 24:39). A fim de demonstrar Sua realidade física após a ressurreição, Ele
também comeu em presença deles (verso 43)” (Nisto Cremos: ensinos bíblicos dos
Adventistas do Sétimo Dia, CPB, p. 464). As palavras de Jesus, nesta situação,
evidentemente não visavam convencê-los simplesmente de sua realidade, mas
assegurar-lhes que estava aparecendo diante deles em forma humana carnal e não
em forma de espírito; por isso, ele lhes disse: “Apalpai-me e vede, porque um
espírito não tem carne e ossos assim como observais que eu tenho.” (Lu 24:38-43;
compare isso com Gên 18:1-8; 19:1-3.)
Não havia, portanto,
nenhuma necessidade de eles temerem, conforme aconteceu com Daniel diante da
assombrosa aparição angélica, de natureza completamente diferente. (Veja Da
10:4-9.)
A situação também era
igualmente bem diferente daquela de Saulo de Tarso, que mais tarde foi cegado
pelo aparecimento de Jesus a ele, na estrada de Damasco. — At 9:1-9; 26:12-14.
Os humanos não podem
ver espíritos, de modo que os discípulos evidentemente pensaram que estavam
vendo uma aparição ou uma visão. (Compare com Marcos 6:49, 50.)
Não há descrição mais
clara do que esta, a de que Cristo Se apresentou com Seu próprio corpo ressurreto,
sendo apalpado pelo descrente Tomé. A Bíblia ensina que a morte expiatória de
Cristo e Sua ressurreição corporal são as duas principais colunas em que
repousa a fé cristã (Romanos 4:25; I Coríntios 15:1-4). São Paulo disse em 1Cor
15:14 que “se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação e inútil a nossa
fé.” Afirma ainda o apóstolo que
“se Cristo não ressuscitou é inútil a nossa fé e ainda estamos em pecado.” Um
estudo do capítulo 24 de Lucas com atitude de oração e desprovido de ideias
préconcebidas ver-se-á claramente que o mesmo ensina a ressurreição corporal
de Cristo.
Uma outra observação que
simplesmente desmonta essa doutrina antibíblica é que todas as vezes que a
Sagrada Escritura fala da ressurreição de Cristo, sempre trata do corpo humano
do salvador, ou seja, refere-se a uma ressurreição corporal, jamais a uma
ressurreição espiritual, ou meramente do espírito. Com efeito, a palavra
ressurreição, no grego ANÁSTASIS, nunca se refere ao espírito do homem.
Certa vez, falando aos
judeus descrentes, disse o Mestre de Nazaré: "Destruí vós este templo, e eu o
reerguerei em três dias”. Os judeus pensaram que Jesus estava se referindo ao
templo de Jerusalém, no entanto, o evangelista explica e derruba de vez a
teoria jeovista: “Mas ele falava do templo do seu corpo.”, Jo 2,19.21. A
palavra grega aí para corpo, e em todo o Novo Testamento, é “SOMA”. Ela deixa explícito que
o Senhor estava de fato se referindo a sua estrutura física e, logicamente a
uma ressurreição carnal, corporal.
Uma outra prova
inconteste de que o Senhor Jesus ressuscitou com o mesmo corpo que morrera no
calvário é o fato de São Pedro em At 2:31 dizer claramente que o "seu corpo não conheceu a
corrupção". Ora, se a ressurreição de Jesus não foi corporal, por que
São Pedro, tratando da ressurreição, diria que o corpo de Jesus não se
corrompeu? Se por acaso o corpo de Cristo apenas tivesse sido removido, como
sugerem os jeovistas, certamente ele se corromperia. Mas não é isso o que diz a
Sagrada Escritura.
As Testemunhas de Jeová argumentam: “Outra evidência a favor de que Jesus não
foi ressuscitado na carne é que dois de seus discípulos, bem como Maria
Madalena, não o reconheceram nas suas aparências físicas após a ressurreição.
Apenas discerniram quem ele era por meio daquilo que disse e fez. — Luc.
24:13-31; João 20:14, 15”. Todavia, tal argumentação é improcedente. É
preciso considerar os seguintes pontos:
Primeiro, os dois
discípulos no caminho de Emaús não O reconheceram de imediato, por conta,
naturalmente, de que eles não imaginariam poder estar conversando com o Senhor
que julgavam está morto. Segundo, não puderam discernir a Sua presença pessoal,
porque Jesus estava com uma aparência bem diferente na última imagem do Cristo abatido,
desfigurado pelo sofrimento e castigos físicos e morto que tinham registrado na
memória.
No caso de Maria, em Jo
20:14-16, a razão foi que ela olhou rapidamente para Jesus entre lágrimas. O
texto diz que ela estava chorando. Somente depois que “voltou-se para trás” (verso 16) é que reconheceu o Salvador Jesus.
I Coríntios 15:50 é
outro versículo empregado pelas Testemunhas de Jeová para verificar sua
posição. O texto afirma que “carne e
sangue não podem herdar o reino dos céus”.
Assim sendo, como
explicar a respeito da ida de Enoque e Elias, que foram arrebatados em vida
para o Céu? Basta ler os relatos de como isso se deu, em 2 Reis2 e Gênesis
5:24. Sobre Enoque, por exemplo, podemos ler em Hebreus 11:5 a confirmação
nítida pela NTLH: “A fé livrou Enoque de
morrer. Pois Ele foi levado para Deus, e ninguém o encontrou, porque Deus mesmo
o levou”. Está a Bíblia se contradizendo? Obviamente que não! Portanto, é
preciso entender a expressão “carne e sangue não podem herdar o reino dos
céus”.
“A expressão ‘carne e
sangue’ de I Coríntios 15:50 se aplica ao homem terreno, às coisas materiais,
em contraste com as espirituais. Percebe-se muito bem isso em passagens tais
como S. Mateus 16:17 (“não foi carne e sangue que te revelou”), Gálatas 1:16
(“para que pregasse aos gentios sem detença não consultei carne e sangue”);
Efésios 6:12 (“nossa luta não é contra carne e sangue, e, sim, contra ... as
forças espirituais do mal”).
“Os que ressuscitarem e
forem para o Céu no final, terão um corpo glorioso, chamado na Bíblia de “corpo
espiritual”. Isso, porém, não significa que se trate de uma entidade etérea,
sem consistência, como um fantasma, ou “espírito desencarnado” como
popularmente se imagina.
“A explicação bíblica
de como se dará a ressurreição é muito clara nos textos que complementam o
pensamento de I Coríntios 15: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem
todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e
fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que
isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é
mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir
da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. I
Coríntios 15:51-54.
“Em I Tessalonicenses
4:17 há uma explicação adicional de que quando Cristo vier buscar Seu povo
sobre a Terra, os vivos serão “arrebatados (...) para o encontro com o Senhor
nos ares”. Certamente esse vivos terão os corpos transformados de corruptíveis
para incorruptíveis, segundo as promessas bíblicas. De carne e sangue
contaminados pelo pecado a elementos isentos da corrupção deste mundo. Foi sem
dúvida, o que se deu com Elias e Enoque. Eles desfrutaram antecipadamente o
magnífico privilégio do encontro com o Senhor sem provar a morte, como se dará
com todos quantos forem achados fiéis naquele dia.
“A Bíblia fala que o
corpo atual de Cristo é “glorioso”. (Filip. 3:20, 21) e que os salvos serão
“semelhantes a Ele” (I S. João 3:2). Mas não entra em detalhes quanto à real
constituição desse corpo incorruptível que os remidos adquirirão” (Consultoria
Doutrinária, CPB, 1979, pp. 286-288).
Diante do testemunho
das Sagradas Escrituras, podemos dizer que as Testemunhas de Jeová precisam
revisar mais uma de suas esdrúxulas crenças, e que essa doutrina não se
sustenta. Logo deve ser rejeitada.
perfeito
ResponderExcluirperfeito
ResponderExcluirgraças a DEUS, ele escolheu a mim e a minha familia
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